sexta-feira, 3 de julho de 2009

Um olhar sobre a sexualidade

Tema bastante polêmico, complexo e ao mesmo tempo gostoso é o falar sobre sexualidade, ou como já disse Gilberto Freire “A maior delícia do brasileiro é conversar safadeza”.
A sexualidade independe da orientação sexual, envolve um conjunto de fatores emocionais e afetivos que vão muito além do ato genital ou seja do sexo.
A sexualidade é uma parte muito importante do desenvolvimento humano e faz parte de cada um de nós.
Ela é uma parte integral da personalidade de todo ser humano.
O desenvolvimento total depende da satisfação de necessidades humanas básicas tais quais desejo de contato, intimidade, expressão emocional, prazer, carinho e amor.
A sexualidade é construída através da interação entre o individuo e as estruturas sociais.
Os direitos sexuais são direitos humanos universais baseados na liberdade inerente, dignidade e igualdade para todos os seres humanos.
Saúde sexual é um direito fundamental, então saúde sexual deve ser um direito humano básico.
Para assegurarmos que os seres humanos e a sociedade desenvolva uma sexualidade saudável, os seguintes direitos sexuais devem ser reconhecidos, promovidos, respeitados e defendidos por todas sociedades de todas as maneiras.
Saúde sexual é o resultado de um ambiente que reconhece, respeita e exercita estes direitos sexuais.

O total desenvolvimento da sexualidade é essencial para o bem estar individual, interpessoal e social. A grande maioria das pessoas são educadas para serem heterossexuais, e se encaixam por inteiro neste contexto. Ou preferem achar que se encaixam.

A orientação sexual existe num continuum que varia desde a heterossexualidade exclusiva até a homossexualidade exclusiva, passando pelas diversas formas de bissexualidade.
A bissexualidade nasce com todos nós. Todo ser nasce de uma célula masculina e outra feminina, digo de um espermatozóide e um óvulo.
O sangue de todo homem contém hormônios femininos e o de toda mulher hormônios masculinos.
Em nossa essência carregamos porções variáveis, algo do masculino e muito do feminino, algo do feminino e muito do masculino ou ainda um equilíbrio entre os dois.

Três orientações sexuais são facilmente reconhecidas:

Heterossexual, atração por indivíduos do sexo oposto;
Homossexual, atração por individuo do mesmo sexo;
Bissexual, atração por membros de ambos os sexos.

Pessoas com orientação homossexual também são chamada de gays (tanto homem quanto mulher) ou lésbica (apenas mulheres)

Pessoas com orientação bissexual também são chamadas popularmente de gilete (tanto homem quanto mulher).

Outras sexualidades menos discutidas.

Travesti – (homem ou mulher) que se veste com roupas do sexo oposto;

Transexual – (homem ou mulher) homens que nasceram homens, biologicamente falando, com genitália e gônadas do sexo masculino, mas que possuem “psique” e alma totalmente femininas. Ou mulheres “perfeitas”, quanto a sua constituição biológica, mas que encontra dentro de si e na sua essência, um homem.

Pansexual – pessoa que sente prazer em fazer sexo com todos os gêneros e toda a sorte de coisas que se possa imaginar.

Sádico – quando a pessoa sente prazer com o sofrimento alheio(sente-se dono/mestre)

Masoquista – quando a pessoa só sente prazer quando é maltratada ou com o próprio sofrimento(escravo sexual).

Vouyer – sente prazer em observar outras pessoas se expressando sexualmente ou seja tendo sexo.

Alguns distúrbios sexuais:

Necrofilo – atração sexual mórbida por cadáveres.
Pedófilo – atração sexual por pessoas muito jovens/crianças.
Zoófilo – atração sexual por animais.

A orientação sexual é uma escolha?

Não, para a maioria das pessoa, a orientação sexual emerge no inicio da adolescência, antes mesmo de qualquer experiência sexual.
Os psicólogos não consideram que, para a maioria das pessoas, a orientação sexual seja uma escolha consciente, que possa ser voluntariamente mudada. Por isso, não se deve falar em “opção ou escolha sexual”, mas em “orientação sexual”.
Nos reportando há décadas anteriores, devemos lembrar que a sexualidade no lar tinha seus limites, devendo ser respeitada a “natureza” e contidos os excessos.
Ali a relação sexual era mantida dentro dos padrões tradicionais, extirpando-se desvios, mantendo-se a reprodução e a sexualidade sadia.
O submundo da sexualidade devia ser exercido fora do lar, sabendo-se que “o admitido e o não admitido” podia existir, mas de formas separadas, eles não caberiam no mesmo teto, nem na mesma rua.
A perversão só era possível, portanto, no mundo da prostituição, cabendo dentro do lar o respeito.
Apesar da prostituição ser uma instituição anterior ao capitalismo,ela assumiu características próprias, tomando proporções diferentes, principalmente se for levada em consideração a vida nas cidades.